tag:blogger.com,1999:blog-24230418978553178562024-03-12T17:33:48.301-07:00Fernando ComentandoNeste espaço dou trato superficial para assuntos escolhidos aleatoriamente, ainda que de preferência com algum cunho econômico. Um objetivo é explorar a fragilidade da quantificação e valoração das coisas, ou mesmo de descobrir a subjetividade na determinação de valores e algumas implicações para o ser humano.Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-49949749767707203172012-10-31T17:58:00.003-07:002012-10-31T17:58:58.717-07:00Mudando o endereço<br />
Estou migrando meus blogues e perfis para um único lugar.<br />
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Assim, esse blog continua por um tempo disponível aqui, depois se unirá a outros dois em:<br />
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<a href="http://www.fernandoproseando.blogspot.com/">Quando estou prosa, verso, ato, grito</a>. (www.fernandoproseando.blogspot.com)<br />
Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-14832946346120971802011-09-29T13:52:00.000-07:002011-09-29T13:52:07.659-07:00Curto e grossoA indústria,
seja de comidas,
seja de bebidas,
seja de carros,
seja de dinheiro,
seja de cadeiras no parlamento,
seja de entretenimento,
seja de remédios,
seja de mentiras,
É a soma de uma renca de safados.Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-33132861699557089032010-10-27T03:56:00.000-07:002010-10-27T03:56:50.501-07:00Gerentes de cofre públicoÉ quase impossível não pensar em dinheiro, e é perfeitamente sensato pensar em quem escolheremos para que outros e não nós, sejam os ferrados. É assim que escolhemos os gerentes do dinheiro público, optando pelos mais parecidos com sargentos broncos ou com tenentes bonitinhos, treinados para executar ordens, simplesmente isso.<br />
Quis uma gerente que cuidasse mais dos peixes e das árvores, porque sobraria menos lixo nos rios e mais água para mim. Mas ela não foi contratada pela diretoria.<br />
Agora não sei se escolho uma quadrilha das negociatas que já venderam a própria alma e até o sal com seus contratos de gaveta, carguinhos comissionados e gerente sargentona, ou um um bando de desesperados neoqualquercoisaquededinheiro e suas equipes de qualidade total e conversa mole.<br />
Dureza!Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-83915183401918329532009-11-16T13:36:00.001-08:002009-11-16T13:36:46.988-08:00TVestou enjoado de assistir TV, mesmo assistindo a cada dois meses...Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-8871006655063147522009-08-06T18:33:00.001-07:002009-08-24T21:21:42.616-07:00Hipócritas!?Onde estão eles?<br />Serão um bando inútil de canalhas que vivem do que cobram pela desgraça? Fosse pela fortuna dos que se curam e não estariam escondidos.<br />Fazem cobro espúrio e individual pela ‘vida’ de um moribundo e por isso lhes cheira melhor a pandemia? Fosse pela condição de trabalhar melhor e adquirir mais ciência e as casas próprias não teriam mais pompa e circunstância que os hospitais.<br />Têm eles que fugir da praça onde deveriam montar bancada de exames e bradar com viva-voz orientações à população sobre esta, mais esta, doença infame? Fosse pelo risco do contágio e teriam eles desenvolvido meios de se previnir, medicar, cuidar, mas não de fugir.<br />Médicos são comerciantes? Fosse de outra forma haveria primeiro a necessidade humana de condição digna e a contrapartida de se formarem primordialmente em faculdades públicas onde a população paga adiantado a formação do ‘doutor’.Imaginem se bombeiros se recusassem a apagar fogo de prédio ou nadar em água de enchente.<br />Covardes!? Aldrabões!?Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-70378974281963723482009-07-15T20:39:00.001-07:002009-08-24T21:22:54.824-07:00Eliminar o quê?Um conjunto de pessoas acredita piamente que se a pobreza for eliminada o mundo será mais justo.<br />Será que temos mesmo problemas que são causados pela pobreza?<br />As fontes de materiais que podem nos tornar ricos, é finita.<br />O valor que atribuímos às coisas é infinito.<br />Estará na riqueza a fonte da feiúra da pobreza?Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-7326424028715686402009-07-09T19:02:00.001-07:002009-07-11T10:59:20.529-07:00Ler ou observar?Li de um anônimo o seguinte: “Os que lêem sabem muito, mas os que observam sabem muito mais.”<br />Sem autor citado, talvez a idéia tenha surgido de uma reflexão individual, de um exercício de raciocínio, da audição de alguns discursos que se somaram, da paciente observação da natureza… E isto é imaginação, conhecimento adquirido pelo estudo ou é observação de fato??<br />Prática e teoria continuam entendidas como forças que se confrontam. Parece que o embate é verdadeiramente entre práticos e teóricos. Isto me parece praticamente uma teoria.<br />Será que falta ao conhecedor que aprende pela observação olhar com menos preconceito para o que lê? Será que falta humildade ao pesquisador acadêmico?Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-71279891655146296022009-06-29T17:00:00.001-07:002009-07-05T13:08:26.124-07:00Moedas estrangeiras<p>Passei bons dias sem me passar nada. Moedas estrangeiras nos seus devidos lugares propiciaram estas minhas férias.</p> <p>Quando penso no que ouço ou vejo, sinto dor. Minha cabeça que fora acostumada e treinada para enxergar movimento, pujança, avanço ou até desenvolvimento faz das tripas o coração para encontrar o que procura. Porém este meu coração idelizador de estados perfeitos insiste que nada avançou na economia. De fato nada que represente algum adianto de uma casta que soma mais indíviduos porém menos cédulas. Os de menos dinheiro parecem insistir em devolver os trocados que ganham para os que não precisam deles. E esses não precisam nem dos trocados nem dos que se amarrotam por eles.</p> <p>Moedas estrangeiras são passionais e mudam sempre do mesmo jeito. Gosto delas. Facilitam as férias da mente.</p>Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-59998138772377070132009-06-07T17:21:00.001-07:002009-06-07T17:21:57.308-07:00Terceiro tempo<p>Gostei de ver o desespero velado para largarem a teta.</p> <p>Quando os cães eram pequeninos, agarravam-se à teta desta grande cadela quase infinita de leite. E bebiam com tanto medo de que a teta secasse que quase mataram a cadela com as feridas que lhe faziam a cada mordida impiedosa.</p> <p>Da outra vez que vieram mamar, perceberam que não era preciso pressa. Havia e há muito leite, desde que a cadela seja mantida viva. E então pensaram que poderiam atá-la no pátio das suas casas para mamar sempre que quisessem.</p> <p>Alguns ainda crêem que é possível ficar eternamente agarrado à teta. Mas os que mamaram mais, os que já estão mais fortes, estes perceberam que é perigoso adonar-se eternamente do leite. Mamar em demasia deixa o cão gordo e preguiçoso, um prato cheio para cães famintos.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-73820814054893692102009-05-23T19:34:00.001-07:002009-05-23T19:38:27.178-07:00Combustível auto-renovável e auto-inflamante- Hoje durmo cedo! Amanhã é dia de novamente sair para <em>enfrentar</em> o Sistema…<div>?Será mesmo assim?</div><div>Parece que vamos deitar tarde e após horas desperdiçadas em polêmicas infindas. Sofismar para própria consciência. Convencer-se de que a luta é parte da batalha e que é pura ilusão querer resultado, mudança, quebra de sentido, alteração de modo. Acreditar que o dito Sistema pode ser vencido com as próprias armas. Imaginar que após a contribuição que reforça o opositor, com as sobras se pode fazer o embate. Concluir que o Sistema não começa dentro de cada um de nós.</div><div>?Será mesmo assim?</div><div>Todos reduzidos ao título de ‘trabalhador’. Onde estão os ofícios, as artes. Dizer-se Soldador é se saber um artífice, um conhecedor, um fazedor de algo. Dizer-se Motorista segue o mesmo caminho. Igualar ambos ao mesmo título de trabalhador é tirar o que de valor tem cada um e que está no conhecimento apreendido; soa como reduzir o indivíduo à sua serventia. Não trato apenas dos significados; falo da classificação através de um termo que se faz de atributo para um grupo demasiadamente grande. Aceitar-se simplificado pode ser o primeiro passo para o não enfrentamento e a aceitação das regras.</div><div>Se saio com a idéia de trabalho, talvez sirva para <em>alimentar</em> o Sistema. Se sou finito em mim, não o sou quando gero outro capaz de ser alimento. Me auto-renovo. </div>Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-56497911904464021982009-05-21T18:04:00.001-07:002009-05-22T20:07:22.667-07:00Estou sempre atrasado, mas os jornais tambémReparei que as notícias dos grandes jornais são sempre sobre fatos irreversíveis. Essa prática de anunciar o que já não tem volta não seria melhor para livros de história? Pergunto porque imaginei que jornais teriam também a utilidade de anunciar com estardalhaço ações que estão em processo.<br />Como exemplo utilizo o anúncio de que o governo ampliou o valor e a quantidade de trabalhadores que receberão o seguro-desemprego. Será que o governo fez isso como quem faz um <em>repente</em>? Uma medida que envolve tanto dinheiro e tanta gente não apareceu nos jornais antes de ser efetivada. Será que ficaram com medo de uma aceleração muito grande da economia?<br />Quando assuntos de interesse de muita gente com pouco poder de decisão são tratados por pouca gente com muito poder de mando, o tratamento recebido concentra-se nos meios de pequena circulação. Difícil encontrar um veículo poderoso de comunicação, como os jornais de televisão, tratando pelo menos com títulos chamativos estes temas.<br />É tão confuso entender estes mecanismos que eu já nem sei se é muita lentidão da mídia, se a produção de safadezas tem ritmo acelerado, ou se podemos somar os dois motivos. Talvez seja somente imaginação…Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-70170800002802185812009-05-19T21:17:00.001-07:002009-05-19T21:19:13.354-07:00Estou sempre atrasado, mas o governo tambémNosso presidente disse que os empresários estão tirando proveito da situação. Ele nos estimula perceber que as empresas optaram por diminuir os produtos em estoque quando da baixa anunciada de impostos para estímulo da economia. O governo tinha em mente que com a baixa os trabalhadores não seriam demitidos e, até possivelmente, contratados.<br />Nosso modelo de gestão do capital é baseado numa economia livre. O investidor quer lucro. Os empresários querem ganhar dinheiro. A carga tributária é elevada, pior ainda pelo serviço prestado à sociedade. É claro que um dono de empresa brasileiro primeiro vai garantir seu negócio, depois seu lucro, depois sua continuidade, depois a distribuição dos lucros para os sócios e investidores, depois a boa relação com os bancos para depois, ufa, pensar em funcionários.<br />Nós somos um país que possui uma cultura empresarial de especulação, de exaustão de recursos, de gestão amadora. O melhor que pode acontecer conosco é perceber nosso amadorismo e buscar mais prudência com os empreendimentos. Os empresários devem se dar conta que o dinheiro da empresa não é seu. O dinheiro que entra é primeiro para pagar as contas como salários, fornecedores, impostos e só no final de alguns períodos, geralmente de um ano, as sobras são dos proprietários. Para nossos empresários os Funcionários são uma Despesa. Despesas aqui no Brasil são amadoramente motivo somente para corte.<br />Se o governo não sabe disto, se não conhece a classe empresarial, que tipo de política aplica. Será que são tão inocentes assim?Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-34864803385833279232009-05-15T10:57:00.001-07:002009-05-15T10:57:13.708-07:00ser chato é uma arte<p>Há tanto tempo de dedicação de corpo e alma no desenvolvimento de um estado definitivo que estou no cume daquilo que posso nomear como monotonia monocórdia monológica. Por isso começo este texto com uma das coisas mais chatas que desenvolvi que é a autodescrição a partir de um momento individual e que aliás é um dos motes prefridos dos tratados de auto-ajuda.</p> <p>Se fosse fácil fazer de um ser dinâmico um ser inerte, ou de um arco-íris um muro cinza, não precisaria passar pelo incômodo de encontrar tantos sorridentes pelo caminho vangloriando-se e tentando vender seu estado <em>pra frente</em> e feliz. Os espíritos elevados resolvidos e alegres deveriam prestar mais atenção a monotonia monocórdia monológica. Acontece que para quem é resolvido, segundo os manuais de ajuda <em>per si</em>, todas as cores e até a ausência delas contêm beleza. Se a chatice te incomoda tanto, talvez seja melhor cuidar de alguma falsa alegria instalada no rosto.</p> <p>Assim termino sem muito desenvolvimento. Afinal o objetivo pensado desta fala gráfica já foi atingido com a manifestação crítica de um humor atarracado e de senho em riste.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-69053815642735648642009-05-07T19:15:00.001-07:002009-05-22T20:10:04.867-07:00Gripe econômico-individualA contaminação – Se dá pelo nascimento do indivíduo como cidadão. A partir do momento que o ser até então humano recebe uma identificação econômico-governamental, o contato direto com qualquer sistema econômico torna-se dispensável. O contágio nos casos de isolamento de indivíduos identificados se dá pela sua participação em listas ou estatísticas.<br />A doença – Dá ao número-pessoa uma possibilidade maior de sobrevivência. Este fato inicial acontece porque o ser antes natural já não representará riscos através do desconhecimento da sua existência para o meio econômico-global. A seguir, através de peneiras sucessivas e incesssantes, os número-pessoas são descartados por não contribuirem para o <em>status quo</em>, ou alimentados para participar das seleções de resistência até que poucos representem o símbolo econômico-ideal. Por ser um vírus instalado há muito tempo, a doença só se extingue através da deleção do número-pessoa. O maior risco identificado até agora é a extinção dos indivíduos naturais através da contaminação incontrolável dos número-pessoas.<br />A diagnose – Quase podemos afirmar que esta crise é só uma gripe do grupo senso-comum e do tipo econômico-individual que por séculos é mal tratada. Os sintomas para a identificação são a utilização do ícone bode-expiatório, a preservação dos símbolos econômico-ideal e a verborragia sobre as possibilidades de utilização do mesmo sistema.<br />Não é possível afirmar que a cura não seja possível através da extinção do sistema econômico-global como referência e a utilização de outros conceitos como primeira conduta.Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-21101580283602693272009-05-04T16:55:00.001-07:002009-05-19T21:39:50.491-07:00A identidade reflete a realidadeEm 2010 saberemos como é nascer americano. Finalmente nosso país se consolidará como a maior potência da américa do sul e uma das maiores do hemisfério sul. Nosso presidente será mundialmente reconhecido como o representante da nova ordem social. Teremos uma mulher eleita para presidir o país a partir de 2011. Nossos vizinhos fornecerão a mão-de-obra barata suficiente para que possamos circular mais pelas nossas belezas naturais.<br />Os brasileiros farão pouco caso de países com escassez de riquezas como petróleo, minerais, madeira e água. A realeza dos burgos estabelecidos pelo mundo todo pagará fortunas para beber água de côco em algumas de nossas praias. A pobreza da nossa vida receberá um toque mais pitoresco, transformando favelas em comunidades típicas, com culturas tribais de raízes culturais diversas. Nosso comportamento, nossa poesia, nossa música e nossa alegria receberão uma belíssima padronização, a fim de não confundir nossa diversidade com desorganização.<br />Quando o calendário marcar o ano de 2020, sem que tenhamos percebido, já não seremos o Brasil que hoje não conhecemos.Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-85857082450576370732009-05-01T18:41:00.001-07:002009-05-01T18:41:02.583-07:00Vala comumPrimeiro de Maio e Dia do Trabalhador são como juntar num mesmo balde o trabalho e a dor. Sem delongas e análises profundas creio que posso fazer deste comentário o balde que mistura o homem e o açoite. <p></p> <p>Se fosse possível para quem emprega fazer produção com o labuteiro, a briga pela excelência em manufatura nos transformaria em máquinas automáticas. Se não somos mais robotizados é porque esta é uma limitação humana. Sob altas pressões quebramos e exigimos manutenção cara. Sem contar que o acúmulo de mão-de-obra junta muita sujeira.</p> <p>Ou alteramos a forma de fazer o que precisamos para viver bem suprimindo a dor de fazer o que supostamente é bom através da produção em excesso, ou morreremos sem saber que como animais isto que temporalizamos não pode se chamar de vida.</p> <p>Não quero cair na vala comum de confundir a prazerosa ação de fazer coisas, que é dignificante, com a lamuriosa pecha de nomear exploração e alienação como trabalho.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-55880072765647889752009-04-30T19:57:00.001-07:002009-05-19T21:21:46.765-07:00Boiada rebeldeDurante esta semana teremos a prosperidade em todas as áreas. Aqui no Brasil é assim. Vez por outra tudo avança rapidamente. E estamos num momento epetacular.<br />Historicamente o ser humano demonstra sua capacidade incrível de evolução quando tem todas as condições necessárias ao fracasso. A julgar pela baixa qualidade dos nossos pensamentos nestes dias, não há melhor hora. Acordamos pensando em como tirar vantagem de alguém ao chegar primeiro ao banheiro. Vamos para o congresso à procura de um novo conchavo. Jogamos futebol com a atenção voltada para comprovação de alguma superioridade sobre os que usam outro distintivo na camiseta, ainda que seja uma ‘pelada’ apenas. Compramos sabendo que estão cobrando menos do que custaria para limpar todo o lixo produzido com o que nos vendem e depois nos culpam pelo lixo. Vamos trabalhar com a intenção de fazer menos do que aceitamos receber pelo trabalho, ou para subjugar os outros contratados a mais do que nos admitimos.<br />A conjugação de fatores que nos levam a inumanidade está quase no ápice de decadência. Tão poucos são os que agem sem dar atenção exagerada a aceitação global, que cada vez mais nos parecemos com uma boiada. Só há uma explicação mais ou menos aceitável. Em breve sofreremos um colapso. E provavelmente será o de identidade.<br />Com tanto egoísmo nas ações é possível que algum esperto enxergue sobre as cabeças baixadas. Com tanto igualdade na estupidez é possível que esta se torne absurdamente clara e identificável. Como tudo que é complexo oferece resposta simples, é posível que a massa identifique o engano. Ato reflexo e a boiada se separa, derruba cercas, cria novos rebanhos e come novos capins. Tudo em uma semana.Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-8335185211570919812009-04-21T18:36:00.001-07:002009-05-19T21:21:01.948-07:00Vou me endividar<p>A nova notícia de que as perdas no mundo com a crise possam ser da ordem de quatro trilhões de dólares, sem que eu sequer me levantasse, fez com que as moedas que guardo derretessem em meu bolso. Eu que pensei que cinco moedas de um real mais uma de vinte e cinco centavos poderiam representar algum dinheiro.</p><p>Se foram perdidos quatro trilhões de dólares, só pela perda, eu, que me sabia pobre, perdi a chance de viver de renda, se soubesse o rico que era.</p><p>Que grande sacanagem esta! Me tomaram até o que eu não sabia que tinha. Que grande maldade fizeram comigo! Estou emprestando o que não tenho para pagar o que tinha e não gastei. Que grande besteira fiz quando paguei ao banco aquilo que não devia. Que bela besta me saí!</p><p>Procuro agência de finanças que me financie um banco. Garanto o pagamento com todo o dinheiro que me for emprestado. Bom, quase todo…</p>Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-86218510365526521002009-04-19T08:58:00.001-07:002009-04-19T08:58:37.352-07:00Francisco de Assis<p>De tão famoso virou santo e assim ele já não é, ele São. Pobreza foi seu voto, dizem. Voto e pobreza tem ligação mesmo unilateral. Alguns dizem o voto e muitos aceitam a pobreza. Mas política não é interessante, além de ser suja. E não adianta reclamar, a política é suja sim, afinal é feita por políticos e eles são sujos. Portanto volto para a pobreza do Francisco, o que é São.</p> <p>Disse a igreja, a que fez dele santo, que a escolha de São Francisco, chamada voto, foi mesmo a de pobreza e que ele que era rico deixou tudo para trás quando abandonou a casa do pai e ainda saiu caminhando pelado. Rebeldinho o Chico, falo assim porque não to falando do santo. Assim ele, pelo que se sabe, herdaria muito dinheiro e propriedades, o que o faria supostamente rico, mas preferiu renegar todos os bens materiais, o que o deixou pobre.</p> <p>Primeiro me parece ridículo aceitar que a igreja não conte a história ao contrário, dizendo que ele era pobre, pois seu coração não pertencia a Cristo e, depois que aceitou Jesus, ficou rico por ser e aceitar ser filho de Deus, que sabemos que é o dono de tudo.</p> <p>A dor com que contam esta história de um jovem abandonar o dinheiro, para abraçar a vida sem este atrapalho, faz pensar que a materialidade é o principal. Deveriam contar que escolhemos o material quando nos damos conta que nossos pais e nossa comunidade nos criou tão vazios que não seríamos quase nada, não fosse algum casaco ‘da onda’ ou uma sapatilha da moda. Por isso não vemos a riqueza do Francisco, o famoso de Assis.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-18400303809306674902009-04-17T11:35:00.001-07:002009-04-17T11:35:10.914-07:00Argamassa não é concreto<p>Pensar dói, mas não machuca.</p> <p>Perca o medo da dor.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-83128210421353801702009-04-17T11:34:00.001-07:002009-04-17T11:34:19.088-07:00Segue o ciclo que segues.<p>Segue o ciclo que segues para que tua próxima ação seja menos influenciada pelas escolhas equivocadas que te fazem alimentar o ciclo que segues. Tua inação por alguns momentos é que pode impedir a alimentação do ciclo. Conseguindo momentos para não alimentar o ciclo você consegue em primeiro momento diminuir a força do que te persegue. O ciclo perseguidor passa aos poucos a ser um ciclo menos imponente enquanto o teu ciclo individual passa a ganhar força. À medida que você aumenta a resistência para a perseguição e ganha mais tempo para inação que interrompe momentaneamento o ciclo que te persegue é que tua importância cria novas escolhas reais e próprias. As tuas escolhas alimentam a construção de independências em cadeia fazendo com que o ciclo perseguidor encolha suas induções e outras pessoas inativem ações por pequenos tempos. Esta soma silenciosa encolhe e desnorteia o ciclo. O ciclo ao longo do tempo percebe que pode ser inativado a qualquer momento pois há um número não conectado de pessoas e que portanto não obedecem a comandos em massa e que têm na soma a força suficiente para interromper a perseguição. O ciclo passa a servir. A sequência tende a ser a soma dos possíveis de cada escolha individual e não o resumo das escolhas do ciclo perseguidor.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-90056293472610817132009-04-16T06:14:00.001-07:002009-04-16T06:14:11.980-07:00Regras na segunda-feira<p>As regras que sigo seguem as regras que dito.</p> <p>Pelas manhãs de segunda-feira, todas elas, sem que seja necessário acordar plenamente, nem que a espera pelo café da manhã traga uma mesa posta, as regras que me imponho seguir, seguem me impondo ações. E seria muito fácil alterar este inesgotável momento filosófico das manhãs de segunda se meu aceite virasse uma negação.</p> <p>Se para negar há o risco de não haver o próximo café da manhã, há também para o assentimento inconteste a certeza de que alguém não terá café da manhã nunca mais. A luta então passa a ser de garantir que o café perdido seja o do estrangeiro e, quando o dele já não houver, que seja o do vizinho e por aí se chega em casa e a escolha dói mais.</p> <p>Estas regras que aceito alimentam outras regras que me serão impostas. De tal modo que alimento meu próprio tolimento. Preciso parar pelo menos alguns minutos por dia e quebrar pelo menos uma regra geral a cada dia. Pequenas paradas e regras de menor valor, é claro. Não consigo explicar a idéia, porém não consigo negar o sentimento de que estou mordendo o próprio dedo a cada manhã.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-29062651313224982542009-04-02T08:51:00.001-07:002009-04-02T08:51:48.895-07:00Vou reclamar meus direitos de consumidorVou pedir meu dinheiro de volta. Que venha sem as taxas e os impostos. Podem ficar com os juros do período e nem é preciso corrigir monetariamente. Tanto gasto para tão pouco! <p>O caso é o do nascimento. Pouco antes dele, a bem de dizer a verdade. Tenho a impressão de que me venderam um show pirotécnico. Aqui não tenho visto nem pisca-piscas, quanto mais fogos de artifício. A festa prometida só acontece onde não estou. Quando o bom é o <em>boom</em> de algum investimento, ninguém me conta. Quando o <em>boom</em> de um investimento não é bom, eu é que pago a conta. Se tivessem dito que seria assim, capaz que eu tivesse nascido. Esperava a próxima geração chegar.</p> <p>Se houver outra vez, não venho. Caso me convidem para entrar neste parque novamente, não entro. Isto parece condomínio construído com areia de praia e cobrado com fatura de cimento puro.</p> <p>Me devolvam o dinheiro. Vou comprar as entradas para a vida no Éden. Mas quero a parte do planalto. Dizem que lá tem menos festa, porém, tem mais sossego. Vi uma plaquinha indicativa estes dias. Será mesmo que a bilheteria é no Senado?</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-76948532671573161002009-03-16T06:53:00.001-07:002009-03-16T06:53:36.779-07:00Vítima com cara de otário<p>É um desafio pensar em como isolar malfeitores físicos da sociedade e adequar a punição. Recuperar a vida de quem foi morto não é possível, talvez por isto se faça tanto para recuperar os agressores.</p> <p>Porém me incomoda o tratamento desumano para as pessoas próximas das vítimas. Além da falta imposta por um sistema já cruel de sociedade, há ainda a insegurança gerada pela nossa inabilidade para proteger quem se sente ameaçado e apoiar na luta contra o pânico pela perda de um próximo. Parece que nos esquecemos que criminosos também tentam se proteger. Quando um assassino é encontrado sua primeira vontade é matar também quem pode acusá-lo, processá-lo, levá-lo a cadeia. E aí os parentes estão sem apoio. Já o assassino tem inúmeras prerrogativas. A balança parece pender.</p> <p>As entidades que protegem criminosos na condição de humanos precisam se livrar de conceitos falsos de bondade. O apoio psicológico e emocional deveria ser investido nas vítimas e seus próximos em primeiro lugar. O desespero e a angústia, vigiados, são agentes de revisão para qualquer pessoa. Tirar de um criminoso esta possibilidade é encarecer uma readequação com remédios que faltam a quem luta diariamente para não sucumbir ao desrespeito dos direitos fundamentais. É preciso mostrar aos criminosos que existe uma sociedade que cuida de quem luta para ser respeitoso ao convívio. Mostrar que conforto não vale qualquer coisa, que <em>status</em> é um lixo comprado em qualquer banquinha de contrabando. </p> <p>Aliás, também é desumano o tratamento com as vítimas. O estado sinaliza com a prerrogativa de inocente para aquele que é bandido. O inocente deve provar que assim é antes de ser atendido num grito de socorro. Hoje parece mais comum que sejamos tratados como otários quando somos vitimados.</p> <p>É vergonhoso que seja assim. É assustador que sejamos o estado.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2423041897855317856.post-1209321467974459502009-03-13T13:11:00.001-07:002009-03-13T13:11:20.033-07:00PAC<p>Quem só pisa no acelerador, esquece as curvas. Este sentimento que vivemos e dita a aceleração, empolgação, feitura, desembaraço, avanço, crescimento e tudo que implica constância nestes movimentos, nos leva a destinos que não temos tempo de imaginar. A contemplação de um estado alcançado, em um determinado momento, bem como a constatação dos rumos implicados com as etapas alcançadas, dá maior poder e conhecimento para determinar passos menos agressivos e mais construtivos nos processos evolutivos.</p> <p>A especulação é uma moeda eufórica com seu lançamento e sem lastro para aceitação imediata. Valorizar uma previsão é um risco sem cálculo. Quando fazemos isto nos colocamos numa área de risco que nem sempre podemos suportar. Se nosso capital é comprometido perigosamente em uma possibilidade imaginada nossa sorte pode se transformar em azar. Arriscar um pouco do que temos, de forma que a perda do valor arriscado não comprometa a regularidade já tão frágil das nossas vidas, é um exercício natural do capitalismo. A medida do exagero é uma especulação, uma probabilidade. Há tempo para que se arrisque e temo para que se guarde.</p> <p>É notório saber que no Brasil alcançamos alguma segurança econômica nos últimos anos. Foram os brasileiros que se instalaram nesta terra os constutores desta estabilidade. Após centenas de anos, conseguimos que o governo não atrapalhasse tanto. Parece que agora nosso governo resolveu investir pesado em um programa de aceleração. Geralmente, aqui e em qualquer parte do mundo, a política se move primeiro por interesses particulares e, por último, também por interesses particulares.</p> <p>Espero que este pé que acelera tenha um cérebro que veja curvas.</p> Fernando Malheiros Dal Bertohttp://www.blogger.com/profile/05597658173022645032noreply@blogger.com0