segunda-feira, 29 de junho de 2009

Moedas estrangeiras

Passei bons dias sem me passar nada. Moedas estrangeiras nos seus devidos lugares propiciaram estas minhas férias.

Quando penso no que ouço ou vejo, sinto dor. Minha cabeça que fora acostumada e treinada para enxergar movimento, pujança, avanço ou até desenvolvimento faz das tripas o coração para encontrar o que procura. Porém este meu coração idelizador de estados perfeitos insiste que nada avançou na economia. De fato nada que represente algum adianto de uma casta que soma mais indíviduos porém menos cédulas. Os de menos dinheiro parecem insistir em devolver os trocados que ganham para os que não precisam deles. E esses não precisam nem dos trocados nem dos que se amarrotam por eles.

Moedas estrangeiras são passionais e mudam sempre do mesmo jeito. Gosto delas. Facilitam as férias da mente.

domingo, 7 de junho de 2009

Terceiro tempo

Gostei de ver o desespero velado para largarem a teta.

Quando os cães eram pequeninos, agarravam-se à teta desta grande cadela quase infinita de leite. E bebiam com tanto medo de que a teta secasse que quase mataram a cadela com as feridas que lhe faziam a cada mordida impiedosa.

Da outra vez que vieram mamar, perceberam que não era preciso pressa. Havia e há muito leite, desde que a cadela seja mantida viva. E então pensaram que poderiam atá-la no pátio das suas casas para mamar sempre que quisessem.

Alguns ainda crêem que é possível ficar eternamente agarrado à teta. Mas os que mamaram mais, os que já estão mais fortes, estes perceberam que é perigoso adonar-se eternamente do leite. Mamar em demasia deixa o cão gordo e preguiçoso, um prato cheio para cães famintos.