segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TV

estou enjoado de assistir TV, mesmo assistindo a cada dois meses...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hipócritas!?

Onde estão eles?
Serão um bando inútil de canalhas que vivem do que cobram pela desgraça? Fosse pela fortuna dos que se curam e não estariam escondidos.
Fazem cobro espúrio e individual pela ‘vida’ de um moribundo e por isso lhes cheira melhor a pandemia? Fosse pela condição de trabalhar melhor e adquirir mais ciência e as casas próprias não teriam mais pompa e circunstância que os hospitais.
Têm eles que fugir da praça onde deveriam montar bancada de exames e bradar com viva-voz orientações à população sobre esta, mais esta, doença infame? Fosse pelo risco do contágio e teriam eles desenvolvido meios de se previnir, medicar, cuidar, mas não de fugir.
Médicos são comerciantes? Fosse de outra forma haveria primeiro a necessidade humana de condição digna e a contrapartida de se formarem primordialmente em faculdades públicas onde a população paga adiantado a formação do ‘doutor’.Imaginem se bombeiros se recusassem a apagar fogo de prédio ou nadar em água de enchente.
Covardes!? Aldrabões!?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eliminar o quê?

Um conjunto de pessoas acredita piamente que se a pobreza for eliminada o mundo será mais justo.
Será que temos mesmo problemas que são causados pela pobreza?
As fontes de materiais que podem nos tornar ricos, é finita.
O valor que atribuímos às coisas é infinito.
Estará na riqueza a fonte da feiúra da pobreza?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ler ou observar?

Li de um anônimo o seguinte: “Os que lêem sabem muito, mas os que observam sabem muito mais.”
Sem autor citado, talvez a idéia tenha surgido de uma reflexão individual, de um exercício de raciocínio, da audição de alguns discursos que se somaram, da paciente observação da natureza… E isto é imaginação, conhecimento adquirido pelo estudo ou é observação de fato??
Prática e teoria continuam entendidas como forças que se confrontam. Parece que o embate é verdadeiramente entre práticos e teóricos. Isto me parece praticamente uma teoria.
Será que falta ao conhecedor que aprende pela observação olhar com menos preconceito para o que lê? Será que falta humildade ao pesquisador acadêmico?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Moedas estrangeiras

Passei bons dias sem me passar nada. Moedas estrangeiras nos seus devidos lugares propiciaram estas minhas férias.

Quando penso no que ouço ou vejo, sinto dor. Minha cabeça que fora acostumada e treinada para enxergar movimento, pujança, avanço ou até desenvolvimento faz das tripas o coração para encontrar o que procura. Porém este meu coração idelizador de estados perfeitos insiste que nada avançou na economia. De fato nada que represente algum adianto de uma casta que soma mais indíviduos porém menos cédulas. Os de menos dinheiro parecem insistir em devolver os trocados que ganham para os que não precisam deles. E esses não precisam nem dos trocados nem dos que se amarrotam por eles.

Moedas estrangeiras são passionais e mudam sempre do mesmo jeito. Gosto delas. Facilitam as férias da mente.

domingo, 7 de junho de 2009

Terceiro tempo

Gostei de ver o desespero velado para largarem a teta.

Quando os cães eram pequeninos, agarravam-se à teta desta grande cadela quase infinita de leite. E bebiam com tanto medo de que a teta secasse que quase mataram a cadela com as feridas que lhe faziam a cada mordida impiedosa.

Da outra vez que vieram mamar, perceberam que não era preciso pressa. Havia e há muito leite, desde que a cadela seja mantida viva. E então pensaram que poderiam atá-la no pátio das suas casas para mamar sempre que quisessem.

Alguns ainda crêem que é possível ficar eternamente agarrado à teta. Mas os que mamaram mais, os que já estão mais fortes, estes perceberam que é perigoso adonar-se eternamente do leite. Mamar em demasia deixa o cão gordo e preguiçoso, um prato cheio para cães famintos.

sábado, 23 de maio de 2009

Combustível auto-renovável e auto-inflamante

- Hoje durmo cedo! Amanhã é dia de novamente sair para enfrentar o Sistema…
?Será mesmo assim?
Parece que vamos deitar tarde e após horas desperdiçadas em polêmicas infindas. Sofismar para própria consciência. Convencer-se de que a luta é parte da batalha e que é pura ilusão querer resultado, mudança, quebra de sentido, alteração de modo. Acreditar que o dito Sistema pode ser vencido com as próprias armas. Imaginar que após a contribuição que reforça o opositor, com as sobras se pode fazer o embate. Concluir que o Sistema não começa dentro de cada um de nós.
?Será mesmo assim?
Todos reduzidos ao título de ‘trabalhador’. Onde estão os ofícios, as artes. Dizer-se Soldador é se saber um artífice, um conhecedor, um fazedor de algo. Dizer-se Motorista segue o mesmo caminho. Igualar ambos ao mesmo título de trabalhador é tirar o que de valor tem cada um e que está no conhecimento apreendido; soa como reduzir o indivíduo à sua serventia. Não trato apenas dos significados; falo da classificação através de um termo que se faz de atributo para um grupo demasiadamente grande. Aceitar-se simplificado pode ser o primeiro passo para o não enfrentamento e a aceitação das regras.
Se saio com a idéia de trabalho, talvez sirva para alimentar o Sistema. Se sou finito em mim, não o sou quando gero outro capaz de ser alimento. Me auto-renovo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estou sempre atrasado, mas os jornais também

Reparei que as notícias dos grandes jornais são sempre sobre fatos irreversíveis. Essa prática de anunciar o que já não tem volta não seria melhor para livros de história? Pergunto porque imaginei que jornais teriam também a utilidade de anunciar com estardalhaço ações que estão em processo.
Como exemplo utilizo o anúncio de que o governo ampliou o valor e a quantidade de trabalhadores que receberão o seguro-desemprego. Será que o governo fez isso como quem faz um repente? Uma medida que envolve tanto dinheiro e tanta gente não apareceu nos jornais antes de ser efetivada. Será que ficaram com medo de uma aceleração muito grande da economia?
Quando assuntos de interesse de muita gente com pouco poder de decisão são tratados por pouca gente com muito poder de mando, o tratamento recebido concentra-se nos meios de pequena circulação. Difícil encontrar um veículo poderoso de comunicação, como os jornais de televisão, tratando pelo menos com títulos chamativos estes temas.
É tão confuso entender estes mecanismos que eu já nem sei se é muita lentidão da mídia, se a produção de safadezas tem ritmo acelerado, ou se podemos somar os dois motivos. Talvez seja somente imaginação…

terça-feira, 19 de maio de 2009

Estou sempre atrasado, mas o governo também

Nosso presidente disse que os empresários estão tirando proveito da situação. Ele nos estimula perceber que as empresas optaram por diminuir os produtos em estoque quando da baixa anunciada de impostos para estímulo da economia. O governo tinha em mente que com a baixa os trabalhadores não seriam demitidos e, até possivelmente, contratados.
Nosso modelo de gestão do capital é baseado numa economia livre. O investidor quer lucro. Os empresários querem ganhar dinheiro. A carga tributária é elevada, pior ainda pelo serviço prestado à sociedade. É claro que um dono de empresa brasileiro primeiro vai garantir seu negócio, depois seu lucro, depois sua continuidade, depois a distribuição dos lucros para os sócios e investidores, depois a boa relação com os bancos para depois, ufa, pensar em funcionários.
Nós somos um país que possui uma cultura empresarial de especulação, de exaustão de recursos, de gestão amadora. O melhor que pode acontecer conosco é perceber nosso amadorismo e buscar mais prudência com os empreendimentos. Os empresários devem se dar conta que o dinheiro da empresa não é seu. O dinheiro que entra é primeiro para pagar as contas como salários, fornecedores, impostos e só no final de alguns períodos, geralmente de um ano, as sobras são dos proprietários. Para nossos empresários os Funcionários são uma Despesa. Despesas aqui no Brasil são amadoramente motivo somente para corte.
Se o governo não sabe disto, se não conhece a classe empresarial, que tipo de política aplica. Será que são tão inocentes assim?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ser chato é uma arte

Há tanto tempo de dedicação de corpo e alma no desenvolvimento de um estado definitivo que estou no cume daquilo que posso nomear como monotonia monocórdia monológica. Por isso começo este texto com uma das coisas mais chatas que desenvolvi que é a autodescrição a partir de um momento individual e que aliás é um dos motes prefridos dos tratados de auto-ajuda.

Se fosse fácil fazer de um ser dinâmico um ser inerte, ou de um arco-íris um muro cinza, não precisaria passar pelo incômodo de encontrar tantos sorridentes pelo caminho vangloriando-se e tentando vender seu estado pra frente e feliz. Os espíritos elevados resolvidos e alegres deveriam prestar mais atenção a monotonia monocórdia monológica. Acontece que para quem é resolvido, segundo os manuais de ajuda per si, todas as cores e até a ausência delas contêm beleza. Se a chatice te incomoda tanto, talvez seja melhor cuidar de alguma falsa alegria instalada no rosto.

Assim termino sem muito desenvolvimento. Afinal o objetivo pensado desta fala gráfica já foi atingido com a manifestação crítica de um humor atarracado e de senho em riste.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Gripe econômico-individual

A contaminação – Se dá pelo nascimento do indivíduo como cidadão. A partir do momento que o ser até então humano recebe uma identificação econômico-governamental, o contato direto com qualquer sistema econômico torna-se dispensável. O contágio nos casos de isolamento de indivíduos identificados se dá pela sua participação em listas ou estatísticas.
A doença – Dá ao número-pessoa uma possibilidade maior de sobrevivência. Este fato inicial acontece porque o ser antes natural já não representará riscos através do desconhecimento da sua existência para o meio econômico-global. A seguir, através de peneiras sucessivas e incesssantes, os número-pessoas são descartados por não contribuirem para o status quo, ou alimentados para participar das seleções de resistência até que poucos representem o símbolo econômico-ideal. Por ser um vírus instalado há muito tempo, a doença só se extingue através da deleção do número-pessoa. O maior risco identificado até agora é a extinção dos indivíduos naturais através da contaminação incontrolável dos número-pessoas.
A diagnose – Quase podemos afirmar que esta crise é só uma gripe do grupo senso-comum e do tipo econômico-individual que por séculos é mal tratada. Os sintomas para a identificação são a utilização do ícone bode-expiatório, a preservação dos símbolos econômico-ideal e a verborragia sobre as possibilidades de utilização do mesmo sistema.
Não é possível afirmar que a cura não seja possível através da extinção do sistema econômico-global como referência e a utilização de outros conceitos como primeira conduta.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A identidade reflete a realidade

Em 2010 saberemos como é nascer americano. Finalmente nosso país se consolidará como a maior potência da américa do sul e uma das maiores do hemisfério sul. Nosso presidente será mundialmente reconhecido como o representante da nova ordem social. Teremos uma mulher eleita para presidir o país a partir de 2011. Nossos vizinhos fornecerão a mão-de-obra barata suficiente para que possamos circular mais pelas nossas belezas naturais.
Os brasileiros farão pouco caso de países com escassez de riquezas como petróleo, minerais, madeira e água. A realeza dos burgos estabelecidos pelo mundo todo pagará fortunas para beber água de côco em algumas de nossas praias. A pobreza da nossa vida receberá um toque mais pitoresco, transformando favelas em comunidades típicas, com culturas tribais de raízes culturais diversas. Nosso comportamento, nossa poesia, nossa música e nossa alegria receberão uma belíssima padronização, a fim de não confundir nossa diversidade com desorganização.
Quando o calendário marcar o ano de 2020, sem que tenhamos percebido, já não seremos o Brasil que hoje não conhecemos.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vala comum

Primeiro de Maio e Dia do Trabalhador são como juntar num mesmo balde o trabalho e a dor. Sem delongas e análises profundas creio que posso fazer deste comentário o balde que mistura o homem e o açoite.

Se fosse possível para quem emprega fazer produção com o labuteiro, a briga pela excelência em manufatura nos transformaria em máquinas automáticas. Se não somos mais robotizados é porque esta é uma limitação humana. Sob altas pressões quebramos e exigimos manutenção cara. Sem contar que o acúmulo de mão-de-obra junta muita sujeira.

Ou alteramos a forma de fazer o que precisamos para viver bem suprimindo a dor de fazer o que supostamente é bom através da produção em excesso, ou morreremos sem saber que como animais isto que temporalizamos não pode se chamar de vida.

Não quero cair na vala comum de confundir a prazerosa ação de fazer coisas, que é dignificante, com a lamuriosa pecha de nomear exploração e alienação como trabalho.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Boiada rebelde

Durante esta semana teremos a prosperidade em todas as áreas. Aqui no Brasil é assim. Vez por outra tudo avança rapidamente. E estamos num momento epetacular.
Historicamente o ser humano demonstra sua capacidade incrível de evolução quando tem todas as condições necessárias ao fracasso. A julgar pela baixa qualidade dos nossos pensamentos nestes dias, não há melhor hora. Acordamos pensando em como tirar vantagem de alguém ao chegar primeiro ao banheiro. Vamos para o congresso à procura de um novo conchavo. Jogamos futebol com a atenção voltada para comprovação de alguma superioridade sobre os que usam outro distintivo na camiseta, ainda que seja uma ‘pelada’ apenas. Compramos sabendo que estão cobrando menos do que custaria para limpar todo o lixo produzido com o que nos vendem e depois nos culpam pelo lixo. Vamos trabalhar com a intenção de fazer menos do que aceitamos receber pelo trabalho, ou para subjugar os outros contratados a mais do que nos admitimos.
A conjugação de fatores que nos levam a inumanidade está quase no ápice de decadência. Tão poucos são os que agem sem dar atenção exagerada a aceitação global, que cada vez mais nos parecemos com uma boiada. Só há uma explicação mais ou menos aceitável. Em breve sofreremos um colapso. E provavelmente será o de identidade.
Com tanto egoísmo nas ações é possível que algum esperto enxergue sobre as cabeças baixadas. Com tanto igualdade na estupidez é possível que esta se torne absurdamente clara e identificável. Como tudo que é complexo oferece resposta simples, é posível que a massa identifique o engano. Ato reflexo e a boiada se separa, derruba cercas, cria novos rebanhos e come novos capins. Tudo em uma semana.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Vou me endividar

A nova notícia de que as perdas no mundo com a crise possam ser da ordem de quatro trilhões de dólares, sem que eu sequer me levantasse, fez com que as moedas que guardo derretessem em meu bolso. Eu que pensei que cinco moedas de um real mais uma de vinte e cinco centavos poderiam representar algum dinheiro.

Se foram perdidos quatro trilhões de dólares, só pela perda, eu, que me sabia pobre, perdi a chance de viver de renda, se soubesse o rico que era.

Que grande sacanagem esta! Me tomaram até o que eu não sabia que tinha. Que grande maldade fizeram comigo! Estou emprestando o que não tenho para pagar o que tinha e não gastei. Que grande besteira fiz quando paguei ao banco aquilo que não devia. Que bela besta me saí!

Procuro agência de finanças que me financie um banco. Garanto o pagamento com todo o dinheiro que me for emprestado. Bom, quase todo…

domingo, 19 de abril de 2009

Francisco de Assis

De tão famoso virou santo e assim ele já não é, ele São. Pobreza foi seu voto, dizem. Voto e pobreza tem ligação mesmo unilateral. Alguns dizem o voto e muitos aceitam a pobreza. Mas política não é interessante, além de ser suja. E não adianta reclamar, a política é suja sim, afinal é feita por políticos e eles são sujos. Portanto volto para a pobreza do Francisco, o que é São.

Disse a igreja, a que fez dele santo, que a escolha de São Francisco, chamada voto, foi mesmo a de pobreza e que ele que era rico deixou tudo para trás quando abandonou a casa do pai e ainda saiu caminhando pelado. Rebeldinho o Chico, falo assim porque não to falando do santo. Assim ele, pelo que se sabe, herdaria muito dinheiro e propriedades, o que o faria supostamente rico, mas preferiu renegar todos os bens materiais, o que o deixou pobre.

Primeiro me parece ridículo aceitar que a igreja não conte a história ao contrário, dizendo que ele era pobre, pois seu coração não pertencia a Cristo e, depois que aceitou Jesus, ficou rico por ser e aceitar ser filho de Deus, que sabemos que é o dono de tudo.

A dor com que contam esta história de um jovem abandonar o dinheiro, para abraçar a vida sem este atrapalho, faz pensar que a materialidade é o principal. Deveriam contar que escolhemos o material quando nos damos conta que nossos pais e nossa comunidade nos criou tão vazios que não seríamos quase nada, não fosse algum casaco ‘da onda’ ou uma sapatilha da moda. Por isso não vemos a riqueza do Francisco, o famoso de Assis.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Argamassa não é concreto

Pensar dói, mas não machuca.

Perca o medo da dor.

Segue o ciclo que segues.

Segue o ciclo que segues para que tua próxima ação seja menos influenciada pelas escolhas equivocadas que te fazem alimentar o ciclo que segues. Tua inação por alguns momentos é que pode impedir a alimentação do ciclo. Conseguindo momentos para não alimentar o ciclo você consegue em primeiro momento diminuir a força do que te persegue. O ciclo perseguidor passa aos poucos a ser um ciclo menos imponente enquanto o teu ciclo individual passa a ganhar força. À medida que você aumenta a resistência para a perseguição e ganha mais tempo para inação que interrompe momentaneamento o ciclo que te persegue é que tua importância cria novas escolhas reais e próprias. As tuas escolhas alimentam a construção de independências em cadeia fazendo com que o ciclo perseguidor encolha suas induções e outras pessoas inativem ações por pequenos tempos. Esta soma silenciosa encolhe e desnorteia o ciclo. O ciclo ao longo do tempo percebe que pode ser inativado a qualquer momento pois há um número não conectado de pessoas e que portanto não obedecem a comandos em massa e que têm na soma a força suficiente para interromper a perseguição. O ciclo passa a servir. A sequência tende a ser a soma dos possíveis de cada escolha individual e não o resumo das escolhas do ciclo perseguidor.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Regras na segunda-feira

As regras que sigo seguem as regras que dito.

Pelas manhãs de segunda-feira, todas elas, sem que seja necessário acordar plenamente, nem que a espera pelo café da manhã traga uma mesa posta, as regras que me imponho seguir, seguem me impondo ações. E seria muito fácil alterar este inesgotável momento filosófico das manhãs de segunda se meu aceite virasse uma negação.

Se para negar há o risco de não haver o próximo café da manhã, há também para o assentimento inconteste a certeza de que alguém não terá café da manhã nunca mais. A luta então passa a ser de garantir que o café perdido seja o do estrangeiro e, quando o dele já não houver, que seja o do vizinho e por aí se chega em casa e a escolha dói mais.

Estas regras que aceito alimentam outras regras que me serão impostas. De tal modo que alimento meu próprio tolimento. Preciso parar pelo menos alguns minutos por dia e quebrar pelo menos uma regra geral a cada dia. Pequenas paradas e regras de menor valor, é claro. Não consigo explicar a idéia, porém não consigo negar o sentimento de que estou mordendo o próprio dedo a cada manhã.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vou reclamar meus direitos de consumidor

Vou pedir meu dinheiro de volta. Que venha sem as taxas e os impostos. Podem ficar com os juros do período e nem é preciso corrigir monetariamente. Tanto gasto para tão pouco!

O caso é o do nascimento. Pouco antes dele, a bem de dizer a verdade. Tenho a impressão de que me venderam um show pirotécnico. Aqui não tenho visto nem pisca-piscas, quanto mais fogos de artifício. A festa prometida só acontece onde não estou. Quando o bom é o boom de algum investimento, ninguém me conta. Quando o boom de um investimento não é bom, eu é que pago a conta. Se tivessem dito que seria assim, capaz que eu tivesse nascido. Esperava a próxima geração chegar.

Se houver outra vez, não venho. Caso me convidem para entrar neste parque novamente, não entro. Isto parece condomínio construído com areia de praia e cobrado com fatura de cimento puro.

Me devolvam o dinheiro. Vou comprar as entradas para a vida no Éden. Mas quero a parte do planalto. Dizem que lá tem menos festa, porém, tem mais sossego. Vi uma plaquinha indicativa estes dias. Será mesmo que a bilheteria é no Senado?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Vítima com cara de otário

É um desafio pensar em como isolar malfeitores físicos da sociedade e adequar a punição. Recuperar a vida de quem foi morto não é possível, talvez por isto se faça tanto para recuperar os agressores.

Porém me incomoda o tratamento desumano para as pessoas próximas das vítimas. Além da falta imposta por um sistema já cruel de sociedade, há ainda a insegurança gerada pela nossa inabilidade para proteger quem se sente ameaçado e apoiar na luta contra o pânico pela perda de um próximo. Parece que nos esquecemos que criminosos também tentam se proteger. Quando um assassino é encontrado sua primeira vontade é matar também quem pode acusá-lo, processá-lo, levá-lo a cadeia. E aí os parentes estão sem apoio. Já o assassino tem inúmeras prerrogativas. A balança parece pender.

As entidades que protegem criminosos na condição de humanos precisam se livrar de conceitos falsos de bondade. O apoio psicológico e emocional deveria ser investido nas vítimas e seus próximos em primeiro lugar. O desespero e a angústia, vigiados, são agentes de revisão para qualquer pessoa. Tirar de um criminoso esta possibilidade é encarecer uma readequação com remédios que faltam a quem luta diariamente para não sucumbir ao desrespeito dos direitos fundamentais. É preciso mostrar aos criminosos que existe uma sociedade que cuida de quem luta para ser respeitoso ao convívio. Mostrar que conforto não vale qualquer coisa, que status é um lixo comprado em qualquer banquinha de contrabando.

Aliás, também é desumano o tratamento com as vítimas. O estado sinaliza com a prerrogativa de inocente para aquele que é bandido. O inocente deve provar que assim é antes de ser atendido num grito de socorro. Hoje parece mais comum que sejamos tratados como otários quando somos vitimados.

É vergonhoso que seja assim. É assustador que sejamos o estado.

sexta-feira, 13 de março de 2009

PAC

Quem só pisa no acelerador, esquece as curvas. Este sentimento que vivemos e dita a aceleração, empolgação, feitura, desembaraço, avanço, crescimento e tudo que implica constância nestes movimentos, nos leva a destinos que não temos tempo de imaginar. A contemplação de um estado alcançado, em um determinado momento, bem como a constatação dos rumos implicados com as etapas alcançadas, dá maior poder e conhecimento para determinar passos menos agressivos e mais construtivos nos processos evolutivos.

A especulação é uma moeda eufórica com seu lançamento e sem lastro para aceitação imediata. Valorizar uma previsão é um risco sem cálculo. Quando fazemos isto nos colocamos numa área de risco que nem sempre podemos suportar. Se nosso capital é comprometido perigosamente em uma possibilidade imaginada nossa sorte pode se transformar em azar. Arriscar um pouco do que temos, de forma que a perda do valor arriscado não comprometa a regularidade já tão frágil das nossas vidas, é um exercício natural do capitalismo. A medida do exagero é uma especulação, uma probabilidade. Há tempo para que se arrisque e temo para que se guarde.

É notório saber que no Brasil alcançamos alguma segurança econômica nos últimos anos. Foram os brasileiros que se instalaram nesta terra os constutores desta estabilidade. Após centenas de anos, conseguimos que o governo não atrapalhasse tanto. Parece que agora nosso governo resolveu investir pesado em um programa de aceleração. Geralmente, aqui e em qualquer parte do mundo, a política se move primeiro por interesses particulares e, por último, também por interesses particulares.

Espero que este pé que acelera tenha um cérebro que veja curvas.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A força

A agressividade entre as árvores tem atingido altos picos de destruição na biomassa. Galhos mortos são encontrados diariamente a muitos quilometros de onde foram arrancados. A probabilidade maior, até agora apurada, aponta para ocultação das amputações. Nada explica este comportamento já que as mudas de todas as plantas estão acostumadas com a violência e acreditam nela como um defeito inevitável, quando não se manifestam insensíveis a esta característica vegetal. Provavelmente vítimas da agressões com que árvores vizinhas se tratam, os passarinhos estão cada vez mais chocando menos ovos .

Quando veicularem este tipo de notícia teremos certeza de que já não existimos. Pintado o quadro agora, segundo se diz que as coisas se fazem quando se pensa nelas, me assusto imaginando que posso já não ser eu aqui, mas apenas a minha existência imaginada. Parece que isto vale também para o caso de nada ter acontecido ainda. Se o possível da inexistência for de fato inevitável, ser ou não ser já não é mais uma questão. Alguém poderia pisar um pouquinho no freio. Talvez seja possível corrigir um pouco a rota. Isto de se fazer enquanto se faz é algo que não me convence.

A força dos choques humanos resulta diretamente no impulso de seguir o caminho que seguia antes do impacto. É rezar para que o rumo não seja o precipício.

terça-feira, 10 de março de 2009

Salário é alimento, negar é desumano.

Disseram que há crise na Lagoa. A da Conceição, que fica no meio da ilha de santa catarina. Como este pedaço de chão não me diz sem que eu saiba geologia, como é que se formou, não digo que ela foi cavada, nem que seja pelo tempo, pois pode que seja resultado de ajuntamento de terras como muros, deixando um buraco para juntar água no meio.

Sálário atrasado de funcionário quando o verão não acabou, é conta que lugar de turismo nem em sonho haveria de fazer. E quanto mais num momento em que até o carnaval já passou, situação que sugere que as burras do empresários devem ter muita carga de moedas.

O que poderá então ser o motivador de falta de pagamento por serviço prestado, sem fazer grande alarde com isto, parece ser uma boa pergunta. E não sobra muito para dizer considerando que, em primeiro lugar, o Brasil gerou muita riqueza nos últimos anos, então os cofres deveriam ter reservas; em segundo lugar o verão já deu o grosso do dinheiro que dá por estas terras; em terceiro lugar os empresários não arriscariam perder funcionários nos próximos anos, ou ter que contratar incompetentes e desonestos por ser fazerem agora eles de safados. Mata de fome quem te serve e logo te faltará quem te traga comida à boca.

Parece que a crise na Lagoa é uma mania de reclames na pior linha do senso comum em que o ser humano se comporta como ser bovino.

domingo, 8 de março de 2009

Vale criar um ídolo de muitos?

É possível que alguém faça diferença na história humana? Se um indivíduo for de fato um entre vários, se de verdade se constitui ímpar entre muitos, será possível que se torne um ponto de referência no tempo? Parece que não.
Hoje havia um bom grupo de pessoas dentro da água. O mar rebolava em ritmo de samba-canção e o grupo se favoreceu das possibilidades de nadar, boiar, caminhar, mergulhar e se abstrair num mundo de pouco perigo. Regime mais democrático que este eu duvido que haja. Onde se reúnem banhistas e há espaço para todos, a educação é um detalhe que se observa na areia, na calçada, ou na rua avistada de dentro do mar.
Lá, neste parque aquático natural e livre, o mais possível de influência que alguém pode repercutir é provavelmente o de afogamento. Para que um ser apenas, motivado em alterar este arranjo das coisas, consiga fazer diferença, de forma tal que, considerado por todos, o diferente seja histórico, é necessário muito apoio e no mínimo auxílios indiretos. Pode que se faça algo incrível e histórico numa tarde na praia, pode que o fato se ligue a alguém. Parece-me que atibuir a façanha a uma única pessoa é um engano. Mais provável é admitir que um alguém seja utilizado como um símbolo ou marca para a lembrança.
Atos individuais poderiam deixar de ser critério para homenagens e premiações vindas do coletivo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Euroexcêntrico

Pensar nosso país a partir do conhecimento trazido da europa é um disparate. Temos que admitir de uma vez por todas que a comunidade européia, de forma individual ou somando-se nos países que a compõe, possui quando muito conhecimento suficiente para enfrentar seus próprios dilemas. Entender-se como uma sociedade onde os seres que a formam, afora seus poderes diferentes de consumo, são merecedores dos mesmos direitos à vida, quer tenham nascido na Áustria ou na África, já é muito que pedir a um europeu.

O que me atravanca seguir numa linha curva e disforme de pensamento em direção a  unidade que faria da humanidade um grupo digno do nome, é a percepção de que, para que isto seja verdadeiro, cada grupo suficientemente diferente deve primeiro encontrar-se em si e conforme os seus conceitos.

Nós aqui no Brasil não temos a mínima idéia de quem somos pela forma que nos pensamos. O melhor que chegamos de definição, vêm da europa, do pensamento eurocêntrico como dizem os europensadores baseados nos euroconceitos. Nossos pensadores bebem lá os conceitos que aplicam para explicar isso aqui.

Parece-me que nos vemos ainda isto e não estes. Ou seremos o isto daquilo? Ou não é assim que se pensa? Eita nó!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Porquê o movimento humano também é um negócio?

Por toda a cidade passam a caminhar sem que o trabalho seja o horizonte. Por quase todas as praias e muito pelo centro urbano, há quem observe os que chegam, passam, seguem, sonham parar, gostam, tiram fotos... Florianópolis é uma cidade turística e se for vista em um catálogo, é mais uma entre tantas opções.

Quanto tempo foi gasto para que cada um dos que por cá atravessam pudessem por cá passar? É indiferente saber se podem se demorar mais do que um dia na cidade. Já não se conhece aquele que vem, conta-se nos grupos segmentados que cruzam este espaço no verão. São estatística, quase todos. Porém de lá de onde vieram poderia fazer diferença o tempo gasto, ou consumido por cada viajante. Se para cá vieram é de crer que para lá eles estão a faltar, se não não falta também a riqueza que trazem. Será que um pouco do que levam quando produzem coisas que aqui são consumidas está no bolso deles? Seremos nós que os consumimos?

O vai e vém de todos que vamos e viemos gera mais do que transformações nos ambientes habitados fugaz ou perenemente. Nossa imagem gera novos espaços por onde passamos. Dificilmente não somos percebidos. Qualquer um que se movimente é um ponto de referência. Qualquer direção que escolhemos é uma possibilidade aberta para quem observa. Parece que os trânsitos livres são agências de fomento da curiosidade e moeda forte para o desenvolvimento humano. Será a troca avalorada o combustível para o trânsito livre?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Querem tomar meu leite

Bem pertinho dos dez por cento. Isso mesmo, quase a décima parte de uma renda inteira só para acessar a internet. Essa assinatura para mobilidade que tanto falam parece mais um engôdo. O custo para oferecer este tipo de serviço é diluído entre milhões de usuários no Brasil. Tem quem diga que aqui é até barato. Nem que a vaca faça bola de chiclete estes cinquenta reais para acessar a internet deixa de ser caro.
Custando um real e trinta centavos, mais cá menos lá, o litro do leite chega bem tratado sobre a mesa do trabalhador médio. Com mais um real e trinta é capaz de chegarem mais quatro pãezinhos. Se for um casal só de eles mesmo, com cerca de quatro reais o café da manhã segura bem a fome até o lanche daz dez e com um pouco de boa vontade se chega bem ao meio-dia. Em trinta dias do mês deu cento e vinte, na pilha dos reais, o custo de comer cedo. Basta repetir a economia nas três principais refeições do dia e o mês fecha em trezentos e sessenta reais de bóia. Junta um gás de quarenta reais mais o desconto na folha e o salário deu tamanho.
A informação é que pode mudar isto. Água, luz, telefone, estudos, remédios, prestação da casa, roupas, passeio no final de semana, corte de cabelo, esmalte de unha, móveis, eletrodomésticos... o governo já dá mesmo!?
O negócio é vender mais dez por cento da força ganha com o leite e os pãezinhos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Um centímetro

Muitas vezes ouvi dizer que alguém escapou por pouco. É até comum acreditar que por quase nada acertamos os números da Quina. Há mesmo crença que, se o número sorteado for sequente ao que tínhamos, passamos de fininho pelo prêmio. Este movimento entre um acontecimento e outro faz muito sentido para especulação. Caminhar é o propulsor dos fatos e parar geralmente só faz sentido para os olhos. Talvez não haja motivo suficiente para que se perca um dia nas conjecturas do que poderia ter sido se... Porém aconteceu.
Um comércio abriu as portas para o público, de forma que seus produtos estavam dispostos e disponíveis para venda. Um ponto de ônibus foi instalado em frente ao comércio com abertura apenas para frente e um dos lados. O abrigo utilizado para esta parada do coletivo mede mais do que a largura do comércio, tem a altura da fachada, está a um metro e meio de sua porta e não é transparente. Por pouco o ponto não está dentro do comércio que por muito está impedido de ser visto por quem transita pela rua ou na outra calçada.
Parece que, no planejamento urbano dentro da prefeitura, a idéia de uma parada para o coletivo, totalmente coberta e num local de muita procura, justificou o ajuste da traquitana ali. No mapa urbano cada quadra mede um centímetro.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A sobra de televisão

Hã?
Um dia inteiro sem receber informações via televisão foi o suficiente para que sessenta e oito porcento dos meus dilemas sumissem. O esforço que muitos fazemos para preencher a vida com o máximo de proveitos é quase uma tarefa impossível sem programas feitos para a TV e distribuídos através de cabos, ou antenas ou fitas ou DVD's. Nenhum ser humano consegue, seja qual for o seu poder de abstração ou fonte questionadora, encontrar inutilidade suficiente para completar o dia em todos os momentos acordado. Fazer isto todos os dias de todas as semanas é inimaginável.
Num momento em que este eletrodoméstico, que já é bem menos elétrico e muito cheio de opiniões, resolve não dar o ar de sua ingrata graça, podemos perceber o quanto ele sobra em nossas vidas. Os dias apresentam vácuos, as importâncias trocam de lugar, as atenções se voltam para a pessoa que está no lado (oi, você é quem mesmo?), nosso eu se percebe como outro estranho, o espelho diz a verdade, o mundo não é tão acelerado.
Com sorte, se a TV não funcionar, pode-se caminhar até a padaria.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eu pometo e você me dá um dinheio aí

Reco-reco-nomia. Oriundo da madeira e singrado por metal afiado, surgiu este instrumento. De trabalho arrumou o de acordar ou manter de olhos abertos quem não queira ou não possa dormir. Unindo um couro esticado num tubo , um apito com botões de modulação e alguma outra ferramenta de som, se tem um grupo de trinados. Mais simples de arranjar, só memo um chato mais papel e caneta para desdizer as letras do carnaval.
Se a canoa não virar... É de admirar a coragem dos navegadores, que se lançam sobre águas com naves de flutuação duvidosa e nem sabem onde haverão de chegar. Só me alegra a constatação cada vez mais empírica e imparcial retumbando que ,de fato, somos o que plantamos. E aqui, no Brasil, plantamos sementes do que nos disserem que dá lucro. Assim foi plantado o carnaval nestas terras, no tempo em que o circo era demasiado caro e precisamos de atendimento em maior escala. O resultado não era minimamente certo nem estudado, mas somos do tipo navegador corajoso.
Todo ano, aí pelo mês de março, passamos para o pão.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Desocupados incomodam ocupados e o verso idem.

Só com tempo para estudar as letras é que se escreve receitas. Será que alguns termos já não passaram da validade?
É fácil para mim que exerço uma tarefa quase de ofício, empenho força de trabalho neural e acumulo riqueza imaterial, analisar alguém que não se dê horas a pensar como um desocupado. Simples também é para alguém que segura na concha de uma pá cheia de pedras dizer que um que se dá a pensar sentado é um desocupado. Este empurra de um que pensa como deve ser feito e o outro que faz o que precisava ser feito, afora um punhado de tapas e palavrões, já cansou a beleza da donzela que desfila o pensado e o feito no mesmo pano. Assim nem a donzela, nem o da pá, nem o da caneta se dá ao trabalho de forjar outro conceito para a serventia e a ocupação.
O movimento e a paralização sempre haverão de incomodar por um lado o que está parado e por outro o que transita. Desocupação é um termo que pouco combina com o mundo moderno. Há para todos os dias tantos apelos e tantas regras que até para desocupar-se é preciso empenho. Parece que o mundo já andou bastante. Esta síndrome de não se dar tempo para quase nada, parece um conceito atabalhoado. É tanta a ocupação que os desocupados terminam o dia cansados de tanto se desviar do ocupados que se queixam de carregar os outros.
No ritmo que tentamos fazer com que mundo mais avance, parece que nos atrapalhamos, pulamos processos, deixamos de ver mais do que olhar. Assim é possível que acabamos por seguir sim, mas para trás. Parece que estamos desocupados de promover as mudanças e muito ocupados para perceber o regresso.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vou especular no bolso

As oportunidades estão realmente à vista. O mercado está num claro movimento de falta de liquidez. O sistema financeiro não possui mais condições de remunerar aplicações antes tão rentáveis como a caderneta de poupança. Agora posso ganhar algum dinheiro alimentando o setor produtivo, como por exemplo a indústria automobilística.
Se a propaganda é o gatilho da arapuca, vou aqui disponibilizando minha capacidade de investimento para estar ajudando as grandes indústrias para que elas possam estar fazendo sua passagem da crise e estar ajudando o sistema produtivo a comprar jatinhos.

Tenho para emprestar:
R$20,00 - pagamento em 5 anos - 01 ano de carência + 04 parcelas anuais. Apenas 3,5% a.m.
R$30,00 - pagamento em 3 anos - 06 meses de carência + 05 parcelas semestrais. Apenas 4,5% a.m.
R$45,00 - pagamento em 12 meses - 01 mês de carência + 11 parcelas mensais. Apenas 6,5% a.m.

A habilitação para este crédito barato é fácil e quase sem burocracia. Basta entrar em contato por aqui mesmo e providenciar garantia real de duas vezes o valor do empréstimo indicado, mais o plano social da companhia para os próximos dez anos. No momento só disponho linhas de crédito para empresas do ramo automobilístico.
Aproveitando para dar um palpite, parece que o governo brasileiro poderia montar um plano de garantia real para que aqueles que guardam seu dinheiro em cadernetas de poupança, pudessem, sem ser usurpados, oferecer dinheiro para estas grandes empresas com juro menor do que nos cobram e maior do que nos pagam.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A Varig americana

Avião sem combustível não voa. A General Motors sabe disto há tempo. Até eu sabia. Aviões bebem muito combustível. Falar de avião é bacana, tem mais corpo do que falar de carro. Os executivos da GM usam muito os aviões. Agora mesmo tem jatinho de luxo sendo encomendado por executivo de muita empresa deficitária. Jatinhos são mais rápidos do que carros, inclusive para pedir esmolas, um novo e milionário negócio que merece altos investimentos.
Confuso entre aviões e carros me dei conta que, o governo brasileiro por muitas vezes deu dinheiro para a VARIG, aquela empresa de aviação que nunca dava retorno, a não ser para os comandantes. Um dia cortaram a verba pública e o mercado aéreo brasileiro recebeu muitas novas empresas. Mais brasileiros voam hoje do que quando a gloriosa Varig existia.
Parece que como não temos mais o Itamar como presidente. Se a GM fechar por ser vendida, partida, dissecada, falida, o que não me importa, talvez empresas como a Gurgel, Puma e outras, brasileiras, possam ocupar espaço com o mesmo dinheiro que o governo daria para a beberrona GM.
Se o dinheiro fosse meu...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O valor determinado

Se a informação veiculada por meios de comunicação, mais a produção de aço utilizada, mais os cargos políticos estratégicos de cidades ou países, que atingem direta ou indiretamente milhões de pessoas no mundo, são elementos dominados por quatro ou vinte bilionários, como é possível acreditar que o que sabemos sobre os movimentos financeiros atuais são mesmo para não deixar menos rico o menos rico ou menos média o classe média.
Excluí da lista o pobre porque sou tendencioso e me parece que este perde sempre. É como dizer que a sina do pobre é alimentar e manter algum equilíbrio nas castas menos baixas. Assim como a sina do média é manter o pobre afastado e o condomínio limpo para o rico. Tanto quanto a sina do rico é alimentar o sonho impossível de qualquer um vir a ser um bilionário poderoso. Este último sonho serve para todos que alimentam o meio de comunicação, a produção de aço ou a eleição do bilionário poderoso. Parece-me que somos todos nós.
Parece que se eu pudesse dizer que só há no mundo 1.000 reais e mil patos, para cada real haveria um pato valendo isto. Se eu dissesse que há no mundo 500 reais e mil patos, cada pato valeria 50 centavos. A diferença hipotética seria de 500 reais.
Parece que eu teria menos dinheiro, porém teria ainda todos os patos que quisesse.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Parece que a crise é financeira...

Essa falência é suficiente apenas para dizer que é 'financeira'.
Não compreendi ainda porque tanto alarde com este assunto. O que se perdeu até agora foi dinheiro, liquidez, valor de imóveis, etc. Parece que aqueles que acordavam sem pão francês continuam acordando sem ele e os padeiros ainda sabem fazer pão.
Outra incompreensão que ainda guardo, mesmo com toda a sabedoria dos economistas de TV me auxiliando, se refere aos empregos. Porque estão discutindo se as empresas devem ou não demitir funcionários para enfrentar melhor a crise? Parece que as empresas demitem e contratam funcionários mesmo quando ganham mais dinheiro. Desconfio que os superinteligentes administradores das super big mega maiores empresas do mundo mandam admitir e demitir para aumentar o lucro, não agem assim pela equivalência econômica entre as pessoas. Tem empresa de meia-dúzia de mãos contratando mais um ou dois pares delas justamente em meio a crise.
Parece que quando um grande quebra mil pequenos se consertam... Tem muita vovó emprestando dinheiro pra netinha casar. Pelo jeito o dinheiro que o banco perdeu não impediu a menina de crescer.
Os dedos continuam onde estão. E a terra não aumentou nem diminuiu de tamanho.