As regras que sigo seguem as regras que dito.
Pelas manhãs de segunda-feira, todas elas, sem que seja necessário acordar plenamente, nem que a espera pelo café da manhã traga uma mesa posta, as regras que me imponho seguir, seguem me impondo ações. E seria muito fácil alterar este inesgotável momento filosófico das manhãs de segunda se meu aceite virasse uma negação.
Se para negar há o risco de não haver o próximo café da manhã, há também para o assentimento inconteste a certeza de que alguém não terá café da manhã nunca mais. A luta então passa a ser de garantir que o café perdido seja o do estrangeiro e, quando o dele já não houver, que seja o do vizinho e por aí se chega em casa e a escolha dói mais.
Estas regras que aceito alimentam outras regras que me serão impostas. De tal modo que alimento meu próprio tolimento. Preciso parar pelo menos alguns minutos por dia e quebrar pelo menos uma regra geral a cada dia. Pequenas paradas e regras de menor valor, é claro. Não consigo explicar a idéia, porém não consigo negar o sentimento de que estou mordendo o próprio dedo a cada manhã.
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