sexta-feira, 13 de março de 2009

PAC

Quem só pisa no acelerador, esquece as curvas. Este sentimento que vivemos e dita a aceleração, empolgação, feitura, desembaraço, avanço, crescimento e tudo que implica constância nestes movimentos, nos leva a destinos que não temos tempo de imaginar. A contemplação de um estado alcançado, em um determinado momento, bem como a constatação dos rumos implicados com as etapas alcançadas, dá maior poder e conhecimento para determinar passos menos agressivos e mais construtivos nos processos evolutivos.

A especulação é uma moeda eufórica com seu lançamento e sem lastro para aceitação imediata. Valorizar uma previsão é um risco sem cálculo. Quando fazemos isto nos colocamos numa área de risco que nem sempre podemos suportar. Se nosso capital é comprometido perigosamente em uma possibilidade imaginada nossa sorte pode se transformar em azar. Arriscar um pouco do que temos, de forma que a perda do valor arriscado não comprometa a regularidade já tão frágil das nossas vidas, é um exercício natural do capitalismo. A medida do exagero é uma especulação, uma probabilidade. Há tempo para que se arrisque e temo para que se guarde.

É notório saber que no Brasil alcançamos alguma segurança econômica nos últimos anos. Foram os brasileiros que se instalaram nesta terra os constutores desta estabilidade. Após centenas de anos, conseguimos que o governo não atrapalhasse tanto. Parece que agora nosso governo resolveu investir pesado em um programa de aceleração. Geralmente, aqui e em qualquer parte do mundo, a política se move primeiro por interesses particulares e, por último, também por interesses particulares.

Espero que este pé que acelera tenha um cérebro que veja curvas.

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