segunda-feira, 2 de março de 2009

Porquê o movimento humano também é um negócio?

Por toda a cidade passam a caminhar sem que o trabalho seja o horizonte. Por quase todas as praias e muito pelo centro urbano, há quem observe os que chegam, passam, seguem, sonham parar, gostam, tiram fotos... Florianópolis é uma cidade turística e se for vista em um catálogo, é mais uma entre tantas opções.

Quanto tempo foi gasto para que cada um dos que por cá atravessam pudessem por cá passar? É indiferente saber se podem se demorar mais do que um dia na cidade. Já não se conhece aquele que vem, conta-se nos grupos segmentados que cruzam este espaço no verão. São estatística, quase todos. Porém de lá de onde vieram poderia fazer diferença o tempo gasto, ou consumido por cada viajante. Se para cá vieram é de crer que para lá eles estão a faltar, se não não falta também a riqueza que trazem. Será que um pouco do que levam quando produzem coisas que aqui são consumidas está no bolso deles? Seremos nós que os consumimos?

O vai e vém de todos que vamos e viemos gera mais do que transformações nos ambientes habitados fugaz ou perenemente. Nossa imagem gera novos espaços por onde passamos. Dificilmente não somos percebidos. Qualquer um que se movimente é um ponto de referência. Qualquer direção que escolhemos é uma possibilidade aberta para quem observa. Parece que os trânsitos livres são agências de fomento da curiosidade e moeda forte para o desenvolvimento humano. Será a troca avalorada o combustível para o trânsito livre?

Um comentário:

  1. Muito Bom seu texto...que seria de mim se prá vc não tivesse vindo e e pra lá daqui não estivesse agora? Vivi

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