sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vala comum

Primeiro de Maio e Dia do Trabalhador são como juntar num mesmo balde o trabalho e a dor. Sem delongas e análises profundas creio que posso fazer deste comentário o balde que mistura o homem e o açoite.

Se fosse possível para quem emprega fazer produção com o labuteiro, a briga pela excelência em manufatura nos transformaria em máquinas automáticas. Se não somos mais robotizados é porque esta é uma limitação humana. Sob altas pressões quebramos e exigimos manutenção cara. Sem contar que o acúmulo de mão-de-obra junta muita sujeira.

Ou alteramos a forma de fazer o que precisamos para viver bem suprimindo a dor de fazer o que supostamente é bom através da produção em excesso, ou morreremos sem saber que como animais isto que temporalizamos não pode se chamar de vida.

Não quero cair na vala comum de confundir a prazerosa ação de fazer coisas, que é dignificante, com a lamuriosa pecha de nomear exploração e alienação como trabalho.

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